O dentista utiliza aparelhos ortodônticos, fixos ou móveis, para corrigir dentes desalinhados ou apinhados. Mas você sabe como essa mudança ocorre dentro da sua boca? Para responder a esta pergunta, faremos uma pequena viagem pelo dente e pelas principais estruturas ao seu redor.
Estrutura dentária e aparelhos ortodônticos
Imagine um dente cortado ao longo do seu eixo, sendo analisado frontalmente. A raiz do dente se encontra dentro do osso, chamado de osso alveolar, e entre eles há a presença do ligamento periodontal, que permite que o dente fique “preso” ao osso, por meio de suas fibras periodontais. Na parte externa, circundando a região cervical dos dentes, se encontra o tecido gengival. Se o dente fosse cortado ao meio, e você o olhasse de cima, a imagem que você poderia observar seria como a ilustração abaixo:
Quando a força é aplicada sobre um lado do dente, as fibras do ligamento periodontal do lado oposto ficam comprimidas contra o osso, e após algum tempo, o dente começa a se mover. Durante essa movimentação é normal que o paciente sinta um pouco de dor e desconforto. Mas à medida que o dente se movimenta, a sensação dolorosa diminui.
Toda vez que os aparelhos ortodônticos são “apertados”, a cada consulta, esse fenômeno se repete. Uma vez que o seu dente tenha sofrido a primeira movimentação, as próximas se tornam menos dolorosas. Quando o dente chegar na posição correta não será necessária a aplicação de uma nova força sobre ele, e é aí que o ortodontista decide colocar um aparelho de contenção. Esse aparelho permite que o osso de suporte retorne a uma condição normal e confortável. O que mostra que a movimentação dentária é um processo natural e biológico, e não artificial como muitas pessoas pensam.